quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Escrita






Troca-me o tique de tédio
que torna o branco sujo,
a página pesada e preguiçosa,
o tempo enguiçado e quebradiço.
Prefiro o toque do violoncelo,
as notas entrecortadas por dedos
e então como a cobra descose
a pele furunculosa
assim removo a venda
e me liberto lançando
os olhos à luz
aliviados do vazio
da escuridão.

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