segunda-feira, 22 de setembro de 2014

UM POEMA DE EUGÉNIO DE CASTRO

CHUVA DE SETEMBRO


Chuvinha miúda... chove, chove,
Molhando a eira, inchando a uva...
Mãos d'anjo fazem rendas d'água,
Prendem-me aqui grades de chuva...


Chuvinha miúda...chove, chove
Nos pinheirais, dentro de mim...
Lembra-me agora aquela tarde
Em que também chovia assim...


Quanto chorámos nessa hora,
Que já de nós tão longe vai!
Chuvinha miúda... chove... chove...
Sonhos d'amor, chorai, chorai...

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