quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Bowling




A pergunta que não conseguimos de deixar de fazer é se poderíamos ter feito melhor. Sim, poderíamos ter feito melhor. Podemos sempre fazer melhor. Mas isto é como no Bowling se deitámos 4 pinos abaixo podiamos ter deitado 5, se deitámos 5 podiamos ter deitado 6 e por aí fora. Tudo depende da nossa perícia mais do que da força ou da condição física. Mas essa perícia depende de quê? Do modo como se sente  o volume da bola, o seu peso, a sua textura, enfim depende de percepções subjectivas. Todos os cálculos mentais que intervêm para saber como mandar a bola ao chão são quase inconscientes. De maneira que no momento em que a a lançamos não sabemos bem como irá a jogada terminar. Há um momento de profundo suspense. Podemos acertar em cheio, acertar em parte ou falhar redondamente. A calha afinal está ali bem perto, logo ali ao lado. E no final, os pinos são novamente recolocados pelo mecanismo do jogo e tem-se mais uma tentativa, mais uma bola. Não seria mau se a vida fosse como no Bowling.

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