segunda-feira, 12 de maio de 2014

ZURRANDO


Zurra no pasto o ónagro
imaginando ser poeta
com vocabulário magro
rima o pobre pateta.

Incha o peito ufano.
Finge ter coração.
Quer ser rei, o insano.
Troca amor por tesão.

Disfarce desvendado
mostra a vil figura.
Parecia apaixonado,
era apenas frescura.

Afirma-se superior
e a morrer de pé.
Tão cego o estupor
cínico, o jacaré.


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