quinta-feira, 17 de abril de 2014

TERRA QUENTE




Na minha terra-quente
a tua face era doce,
era doce a tua faca,
o teu gume,
o teu sorriso
ou era eu que sorria
olhando a montanha gelada.
O meu coração fervia
numa febre florescente
e doce, sempre doce,
eu era doce e não sabia.
Na minha terra-quente
fundia o chocolate
mas não bebia
sedenta de ti.
O meu coração corria
ao encontro do cansaço
do teu casaco quente
e eu tremia,
era doce e não me vias.
Na minha terra-quente
estava só, estava fria
estava só e não sabia.